Todo mundo........., todo mundo não, é muita gente, mas muitas pessoas gostam de ouvir música!
Desde os tempos mais remotos, os antropóides do terciário já ensaiavam suas batidas de bastões e os hominídeos do paleolítico inferior, os seus gritos e imitação de sons da natureza - se eles se encontrassem teríamos uma banda perfeita e ganhariam dinheiro com isso.
Atualmente temos sons supra modernos e músicas para todos os gostos, mas não é sobre isso que gostaria de falar e sim de como a política conseguiu lucrar com esse mercado e ridicularizar o povo.
Sabemos que um esquema de dominação não nasce da noite para o dia. Sua preparação é minuciosa. Leva tempo e custa muito dinheiro. E para isso, os militares tiveram 20 anos.
A partir de 1964, os caras se meteram em tudo. Pornochanchada no cinema, besteirol no teatro e novela na tv. Eventualmente , alguma música de protesto. O carnaval virou show para turistas como é até hoje, pois o protagonista - povo- assiste pela tv.
A deterioração da educação, a ciência e a cultura a ponto das novelas substirtuírem a vida e a ignorante classe média procurar refúgio em Paulo Coelho foi bem trabalhada pela religião neoliberal. Quando se tem um povo desesperado que acha que é prêmio ganhar pouco mais que um salário mínimo, é fácil implantar qualquer ditadura. Mas como não existe crime perfeito, o neoliberalismo cometeu um grande erro. O desespero levou muita gente ao crime. Surgiu também a teoria do crime. Boa parte da garotada da favela não quer o emprego humilhante que o mercado oferece. Já Nasce para o crime (vide "O meu Guri" do Chico).
Comentei que a política imiscuiu-se em todas as artes para degradá-las e ganhar mais dinheiro, além de boçalizar o povo. Vejamos então os exemplos pela música que é o tema deste post.
1930: A lua vem surgindo cor de prata, do alto da montanha verdejante, a lira do cantor em serenata reclama na janela a sua amante.
1940: A deusa da minha rua tem os olhos onde a lua costuma se embriagar; em seus olhos eu suponho que o sol num dourado sonho vai claridade buscar.
1950: A minha felicidade está sonhando nos olhos da minha namorada, é como esta noite passando, passando em busca da madrugada...
1960: Estava à toa na vida o meu amor me chamou pra ver a banda passar, cantando coisas de amor.
1970: Bandeira Branca, amor, não posso mais, pela saudade que me dói, eu peço paz.
1980: Azar, a esperança equilibrista, sabe que o show de todo artista tem que continuar.
E então
1990: Bota a mão no joelho e da uma abaixadinha, vai mexendo gostoso, balançando a bundinha.
2001: Tchutchuca, vem aqui com teu tigrão. Vou te jogar na cama. Vou te dar muita pressão.
2002: Abre as pernas, faz beicinho, vou morder o seu gr...inho. Vai Sérginho, vai Serginho.
2003: Vou mandando um beijinho pra filinha e pra vovó, pois não posso esquecer minha eguinha pocotó.
2005: Tô ficando atoladinha, foguetinha, piriri, piriri, piriri, alguém olhou pra mim?
2006: Vai de tapinha na bundinha, vai que sou sua cachorrinha, vai que to assanhada, vamos dá uma lapadinha, só se for na rachadinha.
E por fim, o último grande sucesso 2008: É créu!É créu nelas!"Vambora, que vamo"!.... Créu-Créu-Créu-Créu...
Eis aí o que fizeram com nosso Povo. Quanta tortura!!!
Desde os tempos mais remotos, os antropóides do terciário já ensaiavam suas batidas de bastões e os hominídeos do paleolítico inferior, os seus gritos e imitação de sons da natureza - se eles se encontrassem teríamos uma banda perfeita e ganhariam dinheiro com isso.
Atualmente temos sons supra modernos e músicas para todos os gostos, mas não é sobre isso que gostaria de falar e sim de como a política conseguiu lucrar com esse mercado e ridicularizar o povo.
Sabemos que um esquema de dominação não nasce da noite para o dia. Sua preparação é minuciosa. Leva tempo e custa muito dinheiro. E para isso, os militares tiveram 20 anos.
A partir de 1964, os caras se meteram em tudo. Pornochanchada no cinema, besteirol no teatro e novela na tv. Eventualmente , alguma música de protesto. O carnaval virou show para turistas como é até hoje, pois o protagonista - povo- assiste pela tv.
A deterioração da educação, a ciência e a cultura a ponto das novelas substirtuírem a vida e a ignorante classe média procurar refúgio em Paulo Coelho foi bem trabalhada pela religião neoliberal. Quando se tem um povo desesperado que acha que é prêmio ganhar pouco mais que um salário mínimo, é fácil implantar qualquer ditadura. Mas como não existe crime perfeito, o neoliberalismo cometeu um grande erro. O desespero levou muita gente ao crime. Surgiu também a teoria do crime. Boa parte da garotada da favela não quer o emprego humilhante que o mercado oferece. Já Nasce para o crime (vide "O meu Guri" do Chico).
Comentei que a política imiscuiu-se em todas as artes para degradá-las e ganhar mais dinheiro, além de boçalizar o povo. Vejamos então os exemplos pela música que é o tema deste post.
1930: A lua vem surgindo cor de prata, do alto da montanha verdejante, a lira do cantor em serenata reclama na janela a sua amante.
1940: A deusa da minha rua tem os olhos onde a lua costuma se embriagar; em seus olhos eu suponho que o sol num dourado sonho vai claridade buscar.
1950: A minha felicidade está sonhando nos olhos da minha namorada, é como esta noite passando, passando em busca da madrugada...
1960: Estava à toa na vida o meu amor me chamou pra ver a banda passar, cantando coisas de amor.
1970: Bandeira Branca, amor, não posso mais, pela saudade que me dói, eu peço paz.
1980: Azar, a esperança equilibrista, sabe que o show de todo artista tem que continuar.
E então
1990: Bota a mão no joelho e da uma abaixadinha, vai mexendo gostoso, balançando a bundinha.
2001: Tchutchuca, vem aqui com teu tigrão. Vou te jogar na cama. Vou te dar muita pressão.
2002: Abre as pernas, faz beicinho, vou morder o seu gr...inho. Vai Sérginho, vai Serginho.
2003: Vou mandando um beijinho pra filinha e pra vovó, pois não posso esquecer minha eguinha pocotó.
2005: Tô ficando atoladinha, foguetinha, piriri, piriri, piriri, alguém olhou pra mim?
2006: Vai de tapinha na bundinha, vai que sou sua cachorrinha, vai que to assanhada, vamos dá uma lapadinha, só se for na rachadinha.
E por fim, o último grande sucesso 2008: É créu!É créu nelas!"Vambora, que vamo"!.... Créu-Créu-Créu-Créu...
Eis aí o que fizeram com nosso Povo. Quanta tortura!!!
4 Comenta aí po!:
Por vezes me pergunto se os funk (atual) é cultura? E penso como antropologos como Levis Strauss analisariam esse fenômeno.rsrsrsr
Larissa, não sei como ele analisaria, mas acredito que se considerarmos essas palavras pornográficas como "cultura", estamos demasiadamente pobres e.... como eu diria... ferrados!
Não vale perder tempo analisando isso!
Muito legal, cara!! Me amarrei!!
PO Fabiano, não sei porque, mas pensava em vc enquato digitava esse texto!
Grande abraço irmão!
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