quarta-feira, janeiro 21, 2009

Curioso caso...

Há alguns dias atrás eu havia postado um pensamento do Chaplin no qual ele dizia que a forma mais triste é como a vida termina, e que ela poderia ocorrer toda de trás para frente.
Na ocasião eu ainda não sabia da existência do filme "O Curioso Caso de Benjamin Button". Esta fábula, conta exatamente o pensamento do eterno vagabundo, que certamente leu o conto homônimo de F. Scott Fitzgerald (1896-1940).

Fui hoje assistir o filme, não sabia que duraria três horas, no entanto o filme tem um ritmo tão agradável que nem percebe-se o tempo passar. O filme também da uma noção de que a pessoa é para o que nasce. O Benjamin era especial, nasceu velho e rejuvenesceu com o passar dos anos.

O filme realmente é muito bom, mas uma coisa me angustiou angustiou e me fez refletir dentro do contexto. Quando estamos seguindo o relógio da vida no sentido horário, nossos dias são subjetivos, nunca se sabe quando partiremos desta pra melhor, se com 50, 60, 70 anos, a tendência é que seja bem velho, se possível aos 120 que é o máximo que aguentamos e foi o que Deus determinou logo após o dilúvio, segundo as escrituras. E também porque nosso corpo e nossa saúde vai se limitando e deteriorando.

Mas quando o subjetivo passa ao objetivo, e se soubéssemos que nosso "primeiro" dia de vida fosse na realidade o "último"? De fato seria angustiante da mesma forma, mas se serve de consolo, certamente estaríamos nos braços de alguém, que estivesse nos pondo pra dormir. E dormiríamos, tendo a sensação de que a vida teria terminado com um belo orgasmo, como definiu Chaplin.

Aconselho que assistam o filme é realmente curioso e até mesmo fabuloso, caso não gostem, sabe como é né, gosto é igual a bunda. Cada um tem a sua. (foi só pra descontrair)

0 Comenta aí po!: