quarta-feira, janeiro 29, 2014

Momento!

Hoje não tenho palavras bonitas a não ser o desejo pelo seu corpo nu junto ao meu e a vontade insaciável de desliza as minhas mãos pelas sinuosas curvas do seu corpo, tocando seu sexo exposto e molhado como quem me diz para possuí-la. desço então com a minha boca a sugar todo o seu fluido e com as minhas mãos toco seus seios até penetrar com toda virilidade em ti, onde suas mãos me apertam e sussurras aos meus ouvidos dizendo...."Sou sua!".

sexta-feira, setembro 24, 2010

Não acredito no Deus que os homens fizeram...


Queria começar esse texto comentando que Saramago* questiona Deus como o conhecemos, mas seria minha maneira hipócrita de omissão. De atribuir a ele responsabilidade e culpa. Livrar-me de algum fogo infernal, de todos os males, amém.

Aprendi desde muito pequeno, entre orações, e algumas músicas – “... minha culpa, minha culpa, minha culpa”, a não duvidar, a temer. Mas a idade do questionamento veio cedo. Não precisei de muito tempo para entender que meus mestres de escola bíblica e pastores não podiam me ensinar nada sobre deuses humanos. Sobre guerras santas, sobre escrituras bíblicas pregando um deus vaidoso e vingativo.

- Abrãao, oferece teu filho, Isaac, em sacrifício, como farei com o meu.
- Pelo teu erro, Eva, darás a luz com dor e serás submissa a teu homem.

Que grandes pecadoras são essas mulheres modernas, esses homens, inventores de facilidades para o que deveria ser eternamente penoso.

Ao darmos à luz, deus, o amaldiçoamos com a natureza humana e o tornamos tão frágil e mortal que nos reconhecemos nele. Podemos chamá-lo de pai, consentir a própria condenação.

Perdoem-me, também aprendi a não discutir religião, a respeitar as escolhas individuais, mas é por essa liberdade de livre escolha que preferi não pregar mais nos púlpitos a fé de meus mestres; professores e pais (minha mãe que se escandaliza agora com o que não a faço compreender).

A minha escolha não me tornou herege, ignorante da complexidade que sou; impossível de qualquer invenção humana capacitada apenas para geração de deuses.

Não Creio no Deus que os homens fizeram, Creio no Deus que fez os homens.


José Saramago (16 de Novembro de 1922 — 18 de Junho de 2010) foi um escritor, argumentista, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.
Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa
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domingo, setembro 05, 2010

A VOZ DO SILÊNCIO*

Pior do que a voz que cala, é um silêncio que fala. Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis, pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega. Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão. O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar: “Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!”
É o silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba, é aquele que fala. E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta, não há emails na caixa de entrada não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim, você entende a mensagem.

*Dizem que o autor não é identificado, mas eu acredito ser da Martha Medeiros, pois já li algo dela nesse sentido!

sexta-feira, setembro 03, 2010

Carta para um amor Presente

Não te negues. Não te negues aos meus dedos, nem te faças improvável ao meu toque. Os meus olhos só admiram a beleza do teu rosto e o meu abraço anseia quebrar-se em ondas sobre ti. O sopro do sussurrar o teu nome atrai os pássaros da saudade pelo que serás para o meu peito. A tua ausência atravessa a noite em cada hora e mantém-me cativo e desperto, sempre alerta e inteiro. Sinto-me a eterna espera, a eterna véspera do teu abraço. E sou teu, mesmo antes de saber-te. Mesmo que nunca me saibas. Sou teu em detalhes mínimos, nas latências, nas grandezas, nos desvarios e indecências. Então, vem... despe o medo, arranca a venda dos olhos da memória. Volta os passos, apaga o tempo. Reinventa o sonho e faz amanhecer o meu olhar.

domingo, julho 25, 2010

Aff

Tem um tempão que não posto nada por aqui, mas é por falta de tempo mesmo.
Hoje resolvi escrever um desabafo, por esse meio de comunicação como forma de exprimir aquilo que estou pensando no momento.

Nesse momento estou com muita raiva, ODEIO pessoas limitadas, odeio mentes fechadas, odeio pessoas ipócritas que olham para os outros e esquecem de olhar pra si próprio. Vou reproduzir o diálogo que me deixou furioso.

__ Tu vais viajar com agente?
__ Vou sim, mas não sei se até lá estarei sozinho
__ po tem que ver, você esta namorando?
__ Não... porque?
__ Po se tu for namorar ve se namora uma da igreja, já viu que de fora não dá...
__ Como assim? Preconceito?
__ (outra pessoa) Cara decide se vc vai ou não, porque temos que dividir tudo, ah... e se você for acompanhado, ninguém vai aceitar que você durma com ela na casa!
__ Ãhm....., vou embora!

Talvez muitos não entendam, mas o que me deixou irado é o fato do preconceito e o lance de que as pessoas que recriminam a outra, e fazem um monte de besteiras, mas se julgam santas. Enquanto que o outro só não é casado e não esta na mesma vibe que eles...

Vai entender!

sexta-feira, junho 18, 2010

Saramago

"Não precisei ler o Paulo Coelho. Uma boa doença vale por toda obra do Paulo Coelho" Grande Saramago sendo entrevistado em novembro de 2008 quando lançava no Brasil a sua óbra a Viagem do Elefante.
Nessa entrevista ele falava sobre a serenidade.
Deixará saudades...

"A lucidez naquele grau é um privilégio de poucos, não consigo escapar do clichê, mas definitivamente o mundo ficou ainda mais burro e ainda mais cego hoje".

Concórdo plenamente com a frase do querido Fernando Meirelles

quinta-feira, junho 10, 2010

Cartas a um Amor Futuro 2

Ele abraçou as palavras e a seguir despiu-as, letra a letra, devagar, como barcos vermelhos que lhe saíam dos dedos. Em silêncio. Como um ser alado da noite. Criatura onírica, transparente, indizível e único. Trazia no espelho do olhar todas as homens que ousara ser. Olhou-a de frente, como se olhasse para a estrela da manhã, e murmurou-lhe:
'- E pela última vez te contarei como uso as asas em noites de paixão. E pela última vez te segredo que fui anjo de papel colorido e fui menino com tranças em frágeis laços de papel de lua e fui noivo em moldura de flor de laranjeira e fui palhaço de rábulas surrealistas e delirantes e fui principe de povos mágicos e dolorosamente reais e fui pérola tão impossível de tão puro e fui segredo em silêncio de mulheres proibidas e fui homem em chamas vestido de negro e fui jardim onde repousas as ternuras que não confessas e fui jóia que usaste ao peito como medalha e fui capitão para que tu fosses sereia e fui pirata para que usasses o tesouro que era meu. E hoje, meu amor, desejo apenas que digas o meu nome...'