quinta-feira, maio 28, 2009

BREVIDADE ... Breve idade

Nasci hoje de madrugada
vivi a minha infância esta manhã
e cerca do meio dia
já passava a minha adolescência.
E não é que me assuste
que o tempo passe por mim tão depressa.
Só me inquieta um pouco pensar
que talvez amanhã
eu seja
demasiado velho
para fazer o que deixei pendente.
[poema de Jorge Bucay]

segunda-feira, maio 25, 2009

Frase!

"Não precisas de muralhas! As muralhas não te protegem, te isolam."
[Desconheço o autor da frase]

sexta-feira, maio 22, 2009

Minhas reflexões

Há pessoas que são, para nós, como os poetas: põem palavras onde, antes, só havia sentimentos. Palavras que interpelam o que sentimos e lhes respondem. Com gestos. De surpresa. São gestos que, parecendo um tudo-nada, tocam cá dentro e fazem do 'perto' 'muito perto'... e sentimos uma liberdade que se perde de vista.
A esses gestos - que nos revolvem - podemos chamar, simplesmente, comunhão. Ou, timidamente, amor.
Como se fossem um regresso a um paraíso que parecia perdido e, ao mesmo tempo, um lugar que se sente e se saboreia quando se visita pela primeira vez...
Como se fosse possível, para sempre, trazer para dentro de nós quem nos queira dentro de si. E nos presenteie com um perto muito perto, que nos devolva à comunhão e restaure com beleza a fé na vida, onde, antes, se formara um ermo nos nossos sentimentos...

terça-feira, maio 19, 2009

Ilusão

Tenho sido assombrado por algumas sombras, fantasmas e vultos. Em suas mãos tornei-me um joão bobo jogado de um lado para outro sem direção.
Se escrevo, é para fugir a dura realidade que me flagela e não para ser poeta.
Se fosse alguma coisa no momento... seria triste, mas quem não é, ou nunca foi?! Não é mesmo?
Tento colorir algumas páginas, mas o tom cinzento das imagens teimam a me atormentar.
Se tenho cativado algumas pessoas? Sim tenho, mas não por que quero, ou deseje. Nem quero ser responsável por elas!
Estou doente... enfermo... moribundo. Sou amparado por duas muletas que sustentam meu corpo no ar.
Tal qual cavaleiro sem armadura e filhote abandonado, assim é o meu atual status quo.
Todavia, carrego no meu peito e no músculo que me bomb[ard]eia, a mesma esperança da mãe , cujo o filho, desapareceu num determinado dia e nunca mais voltou.
"Quem me vê sorrindo pensa que estou alegre
O meu sorriso é por consolação
Porque sei conter para ninguém ver
O pranto do meu coração" [Cartola]

domingo, maio 17, 2009

Saint-Exupéry

As pessoas podem ser dividas em três grupos:
1) Os que fazem as coisas acontecerem;
2) Os que olham as coisas acontecendo;
3) Os que ficam se perguntando o que foi que aconteceu.
Nosso caráter é aquilo que fazemos quando achamos que ninguém está olhando. Nunca deixe de ter dúvidas, quando elas param de existir é porque você parou em sua caminhada.
[Antoine de Saint-Exupéry]
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"Também somos ricos das nossas misérias."
[Antoine de Saint-Exupéry]

quarta-feira, maio 13, 2009

"Eu não tenho nada pra comemorar"

“Teus olhos expressivos, molhados por um pranto escondido, simbolizam a tua dor...”
(autor desconhecido)
...
A imagem fala por si própria!
13 de maio dia da "libertação" dos escravos......






Sonhei contigo

Hoje sonhei que acordava ao teu lado.
E foi certa música, com dedos de memórias que me tocavam, que me acordou...
...
Não sei se foi... é... amor ou não, mas já não me preocupo em dar a todas as coisas um nome próprio, porque o que não tem nome perdura para lá de todos os tempos e existe fora de todos os dicionários.
...
Nunca sabemos para onde vamos.
Mas eu levo-te comigo. Sempre!
...
Só tu podias ser os passos ao lado dos meus. Só tu!
...
Eu sei que o sabes.
Assim como sei que me negarás, muitas vezes três vezes, ainda que isso te seque por dentro.
...
Será isso amor, amor?
(...)

domingo, maio 10, 2009

Dois post para as mães!

__ Mamãe hoje é dia das mães!
O que lhe darei nesse dia?
__ Só quero uma coisa meu filho...
Que sejas Feliz!
(Diálogo meu e da minha mãe posto no meu album de um ano de vida)

No dia em que Deus criou as mães (e já vinha virando dia e noite há seis dias), um anjo apareceu-lhe e disse: - Por que esta criação está lhe deixando tão inquieto senhor?
E o Senhor Deus respondeu-lhe:- Você já leu as especificações desta encomenda? Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico. Deve ter 180 partes móveis e substituíveis, funcionar à base de café e sobras de comida. Ter um colo macio que sirva de travesseiro para as crianças. Um beijo que tenha o dom de curar qualquer coisa, desde um ferimento até as dores de uma paixão, e ainda ter seis pares de mãos.
O anjo balançou lentamente a cabeça e disse-lhe:- Seis pares de mãos Senhor? Parece impossível !?!
Mas o problema não é esse, falou o Senhor Deus - e os três pares de olhos que essa criatura tem que ter?
O anjo, num sobressalto, perguntou-lhe:- E tem isso no modelo padrão?
O Senhor Deus assentiu:- Um par de olhos para ver através de portas fechadas, para quando se perguntar o que as crianças estão fazendo lá dentro (embora ela já saiba); outro par na parte posterior da cabeça, para ver o que não deveria, mas precisa saber, e naturalmente os olhos normais, capazes de consolar uma criança em prantos, dizendo-lhe: "Eu te compreendo e te amo!" - sem dizer uma palavra.
E o anjo mais uma vez comenta-lhe:- Senhor...já é hora de dormir. Amanhã é outro dia.
Mas o Senhor Deus explicou-lhe:- Não posso, já está quase pronta. Já tenho um modelo que se cura sozinho quando adoece, que consegue alimentar uma família de seis pessoas com meio quilo de carne moída e consegue convencer uma criança de 9 anos a tomar banho...
O anjo rodeou vagarosamente o modelo e falou:- É muito delicada Senhor!...
Mas o Senhor Deus disse entusiasmado:- Mas é muito resistente! Você não imagina o que esta pessoa pode fazer ou suportar!
O anjo, analisando melhor a criação, observa:- Há um vazamento ali Senhor...- Não é um simples vazamento, é uma lágrima!E esta serve para expressar alegrias, tristezas, dores, solidão, orgulho e outros sentimentos.- Vós sois um gênio, Senhor! - disse o anjo entusiasmado com a criação.
Mas disse o Senhor: isso não fui eu que coloquei. Apareceu assim...
(autor desconhecido)

Post 2

Quem foi que inventou essas efemérides-comemorativas-mercadológicas para homenagear-mos mães, pais, filhos e etc?
Não bastam os nossos aniversários? Será que a importância das pessoas se resumem a um único dia no ano para serem presenteadas?
Nunca gostei desses dias! Presente se dá a qualquer momento, é até mais interessante quando as pessoas não esperam recebê-los.
Desculpem-me, mas pro C@%$#0 todos aqueles podres mercenários, donos de lojas e afins que se aproveitam dessas efemérides.
Sabiam que há pessoas sentem uma angústia infernal e uma tristeza profunda quando não podem comprar presentes para suas mães?
O que mais importa não é o presente, mas sim a intenção do mesmo, então se é isso, minha mãe não terá presente hoje. Não mesmo. Talvez mês que vem. Hoje dou-lhe uma carta. Sim uma simples carta, feita por mim com papel A4 e lápis colorido, talvez coloque nossa foto (eu,ela e meu irmão) nela. Acredito que ela irá gostar.
Vi no meu álbum de infância o seguinte diálogo numa foto:
__ Mamãe hoje é dia das mães! O que lhe darei nesse dia?
__ Só quero uma coisa meu filho... Que sejas Feliz!


Então mãe, se não for pouco, quero te presentear com isso. Saibas que estou fazendo de tudo para te presentear não em um dia, mas em toda sua vida sendo FELIZ, ainda que nos dias de hoje seja difícil.
Apesar das nossas desavenças... SOU FELIZ pois tenho você comigo!
Feliz dia das mães a todas as mães.... e filhos também!
Afinal, não sabemos por quanto tempo seremos agraciados por divina companhia, não é mesmo?

sábado, maio 09, 2009

Não queiras saber tudo!

Desta vez ele estava preso a uma frase dita por um certo Vírgilio. Quem era aquele cara que falara tão profundamente para deixa-lo perturbado? Não sabemos!
Visto isso, pegou o ônibus, correu para o seu santuário e de frente para o mar pos-se mais uma vez a pensar.

"Não queiras saber tudo. Deixa um epaço livre para te saberes a ti." (Disse o tal Virgílio Ferreira)

Passou todo o dia alí. As pessoas não entendiam aquele rapaz que hora chorava, outra sorria, outra vez mais se deitava. Não restava dúvidas era uma catarze. As horas se passaram até que se pode ver alguns rabiscos em seu inseparavel caderninho:

Esvaziei-me de quase todas as tristezas,
mas deixei, intacta, uma esperança.
Soltei mágoas, presas em palavras
a que troquei as sílabas,
adoçando-as.
Coloquei ilhas de reticências
entre a vida e a dor.
Arrumei o mar no fundo dos olhos
e as asas à superfície da vontade.
E deixei espaço, muito espaço,
para reinventar os momentos
e me recriar.

sábado, maio 02, 2009

Voltei as páginas...

Voltei algumas páginas do meu caderno, antes branco.
As palavras nele escritas, transformavam-se em imagens, figuras e filmes do tempo em que estavámos juntos.
Recordações dos nossos momentos abreviados, eternizados num livro a ser completado.

Nestas páginas pude rever situações vividas por nós. Doces dias... O meu melhor sorriso acaba de despontar em meus lábios, na lembrança da sua mão sobre a minha, do abraço enlaçado e dos perfumes misturados.

Voltei a página, e nas imagens que se formavam vi a cadeira, ou talvez o banco o qual sentamos juntos pela primeira vez, olhei para o lado daquela cena e recobrei também a lembrança de que àlguns metros dali um menino gordinho sorria para mim e ti, sem falar da menina amiga que cutucava a mãe compartilhando da nossa alegria.

Voltei as páginas... algumas haviam reticências, em outras..., frases completas transformadas em abraços, beijos e lagrimas de tristeza e alegria.

Voltei as páginas e recordei-me do nosso amor, de que você me amou, que nos amamos, e agora há amor-te; a morte; a-mor.

Virei a página, avancei as páginas, uma nova que esta para ser escrita. Ela não é apenas branca, ela não é apenas preta, ela nem tem cor definida, mas sei que seu preenchimento será em cores.

Virei a página....