sábado, novembro 22, 2008

Não quero ser solitário!

Dia chuvoso, cefaléia e recordações da infância.
Estava pensando se realmente deveria postar esse "artigo", por acha-lo muito deprê, mas ao final das contas resolvi postá-lo.

O dia de sábado foi terrivel, chuva o dia todo, prova no dia seguinte, sem motivação pra estudar.

Recordei-me da minha infância. O senário? Restaurante La'Molle, na esquina da minha casa. A minha volta, naquele momento, um monte de adultos argüindo-me sobre minhas opiniões políticas, sociais, e o que eu entendia a respeito de amizade.
....
Todos eram amigos da saudosa tia, que sempre me levava para os seus bate papos nas mesas dos bares e restaurantes, além do fato dela ter sido uma das únicas pessoas que me compreenderam muito bem (acho que foram duas).
....
No fim dos meus infantis comentários, veio-me a pergunta crucial a qual é a principal das minhas reflexões hoje:
__ O que você quer ser quando crescer?
....
Minha resposta foi demorada, pois olhei para o lado de fora do restaurante, analisei as pessoas andando pela rua, a velocidade dos carros e então respondi: __ Eu nunca quero ser sólitário!
....
Todos ficaram atônitos com minha resposta, afinal de contas, uma criança de onze anos não pensaria em algo tão sério, era demasiadamente "maduro de mais" e um moleque não tem vivência o suficiente pra saber o que é ser solitário....
...
Acredito que esse é o maior medo de todos, viver soliraiamente recebendo a mácula de ser anti-social, além de sentir-se incompleto e inacabado.
Hoje eu estou solitário, na verdade eu sempre fui muito solitário, talvez por isso aquela minha resposta, mas houve um momento em que não estive! Acredito na frase "A partir de hoje eu você não anda mais sozinho!"
....
Eu sei, alguém irá me dizer assim que ler essas linhas: Po cara... mó depre... Fala sério, mas sabe de uma coisa, quem nunca viveu um momento assim?
...
E se hoje você me perguntar, o que você gostaria agora?

Eu respondo: __ Não quero ser solitário!

terça-feira, novembro 18, 2008

Responsável pelo que cativas

Desde pequeno gostei do personagem O Pequeno Principe, aprecio essa obra da literatura mundial por nos trazer reflexões singulares para a nossa vida. Não de se surpreender que o meu blog carrega uma das reflexões do livro, que em na minha opinião é a trama central da obra!
....
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
....
Aliás, essa reflexão expressada no diálogo do principizinho com a rapoza deveria ser conhecida por todas as pessoas, porém"os homens esqueceram essa verdade"!
....
Em vista disto, fico muitas vezes cogitando a respeito da responsabilidade que possuimos ao cativar uma pessoa.
Cativar... palavra essa que segundo o Aurélio significa "ganhar a simpatia, tornar-se cativo, ligar, render-se, apaixonar-se, enamorar-se, etc" e ainda segundo a querida rapoza, significa "criar laços", ou ainda criar vínculos.
....
Será que reconhecemos a necessidade de criar laços uns com com os outros? E se reconhecemos, somos realmente responsáveis por elas? E se somos responsáveis, como saber?
Pessoas passam pelas nossas vidas diariamente, numerosos são os relacionamentos que estabelecemos no decorrer dos dias, uma conversa no ônibus, na fila do banco, no supermercado, no trabalho, na faculdade, no entanto, destes muitos, são poucos aqueles que cativamos. ....
Vale lembrar que estabelecido os nossos laços, é preciso, ou melhor, é necessário não esquecer a responsabilidade que temos pelo cativo tratando-o indiferentemente.
....
Afinal de contas, ao cativar alguém, não podemos mais trata-la como se fosse uma qualquer, "igual a cem mil outras" pessoas por aí, pois ela se torna única para nós.

Ligar-se, deixar-se cativar por alguém significa "dizer eu tenho necessidade de ti"

Ah mais ainda falta uma coisa. O que faz uma pessoa ser importante para nós? O TEMPO, sim o tempo faz tudo!

O Pequeno Principe precisou dedicar tempo para conquistar a amizade da rapoza, assim como dedicou todo o seu tempo para cuidar de sua Rosa, até se deixar prender por ela. Rosa essa a qual regou, protegeu, escutou muitas vezes, calou-se outras tantas, doou-se... Esse tempo o fez adquirir responsabilidade por aquilo que estava cativando, cuidando, mas também sem ele mesmo perceber estava sendo cativado.

Seu diálogo com a rapoza, o fez perceber o quanto ele tinha necessidade da sua Rosa, e o quanto ela tinha necessidade dele. Era uma relação mútua, mesmo ela, a Rosa, tendo-o ignorado, ela era única, assim como a rapoza tornou-se única, pois eles criaram laços, vínculos, cativaram-se!

Criei laços importantes, aprendi a cativar as pessoas e me tornar responsável por elas, mas como isso é uma via de mão dupla, e assim como O Pequeno Principe, " começo a compreender,... Existe uma flor... Eu creio que ela me cativou..." E isso a faz responsável por mim também,...

A Rosa do principe quis cortar os laços....., e após ter cuidado dela pela "última" vez, foi-se para outros mundos fazer novas amizades, todavia, apenas a rapoza mostrou a verdadeira importância da Flor para o Pequeno Principe e do Principe para a Flor. Quanto a ela.....

"Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante."

domingo, novembro 16, 2008

A ignorância é uma benção!!!

Eu sempre acreditei que a ignorância em algumas pessoas é uma verdadeira maravilha, uma benção, e realmente ela é!
Não digo a ignorancia ocasionada pela falta de inteligência, ou instrução, mas sim aquela que fazemos questão de ignorar, não ter conhecimento de algo, ou ainda, aquela ignorância que não entendemos.
...................
Porque afirma isso? Você pode me perguntar. E eu respondo que é muito simples.
Eu sempre quis saber de muitas coisas, o que pode ter me feito um pouco intrometido, conhecer um pouco disso, um pouco daquilo, sempre foi fascinante pra mim. Contudo, observei que foi a vontade de adquirir informações que levou Adão e sua mulher Eva a condenarem toda a humanidade. Tornamo-nos assim, seres limitados, incompletos, mortais.
.................
Ah, ignorância, ela sim nos faz completos. Clarice Lispector a expôe extrema maestria quando simplemente diz:
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
..............
Pois é, veio-me a inquietação e procurei entender o que não entendia. Queria enxergar com clareza aquilo qua ainda estava embaçado e depois de muito queimar meus neurônios, acredito que consegui. Compreendi pouco, bem pouco, mas assim como o pequeno pedaço da tal fruta da árvore do conhecimento bastou para limitar a humanidade, a minha pequena e pouca compreensão foi suficiente pra me tornar incompleto e limitado, não digo amaldiçoado, pois não o sou, mas apenas um mortal, sim um mortal!!!
............
Com isso volto a afirmar, a ignorância é uma verdadeira benção!
...........
"Somente com o coração podemos ver com clareza" dizia Antoine de saint exupéry

quinta-feira, novembro 13, 2008

Escolhas de uma vida

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".

Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!

segunda-feira, novembro 10, 2008

Sem trocado

O homem se aproxima, acompanhado do bafo de bebida.
- Posso falar um instantinho com o senhor? - pergunta.
- Só não me venha pedir dinheiro - respondo.
- Não, é que eu estava precisando completar a passagem.
- Não tenho, não - encerro a conversa, me afastando rapidamente.

Tento justificar para mim mesmo minha rispidez. Ele falou que o assunto não era financeiro, mas tratava-se obviamente de dinheiro. Além disso, cheirava a bebida. Mas nem por isso eu precisava ser tão rude.
É difícil dar alguns passos no Rio sem ser abordado por alguém. Um menino de rua, um mendigo, um entregador de folheto. Quando é dinheiro, damos alguma das seguintes desculpas clássicas, nenhuma delas plenamente justificável.

- Não tenho (em geral temos algum).
- Desculpe, estou sem trocado (ele sabe que pelo menos uma moedinha a gente deve ter).
- Fica para a próxima (como se algum dia fôssemos revê-lo).
- Vou ficar devendo (como se ele fosse cobrar depois).
- Sinto muito (como se realmente sentíssimos tanto assim).
- Tá ruim pra todo mundo (de fato, mas para ele está bem pior).
- Tá feia a coisa (está mesmo, mas não serve de consolo).

No livro "No olho da rua", Marcelo Antonio da Cunha conta que na sua infância, no Recife, a mãe ensinou-lhe a pedir desculpas aos mendigos.
- Me dê uma esmola, pelo amor de Deus.
- Perdoe-me - ele respondia.
- Amém.

Trinta anos depois, ele já tinha substituído o "perdoe-me" pelo "estou sem trocado". Seu filho quis saber por que ele mentia para os pedintes. Marcelo explicou que era para não estimular a permanência deles nas ruas.

Mas ele se tornou diretor da Fazenda Modelo, um abrigo destinado à população de rua. Ali, descobriu o inferno, e sentiu necessidade de pedir novamente perdão, pela forma como são tratados os que estão à margem.

Não chego a tanto, mas confesso que volta e meia bate uma pontinha de culpa quando fecho a cara e digo "não tenho" diante de mais um pedido.

A verdade é que ninguém está muito a fim de ouvir estranhos. Andamos tão sobressaltados que uma aproximação mais brusca já intimida. O rapaz estava no ponto de ônibus quando um mendigo se aproximou e falou algo. Antes mesmo de ouvir o que estava sendo dito, ele respondeu:
- Não tenho.

Foi uma reação automática. O homem insistiu e ele cortou novamente:
- Tô sem trocado.
Até que o desconhecido se irritou.
- O senhor escutou o que eu falei? Eu disse "bom dia e boa viagem”.

Nem todo mundo faz como uma amiga, que resolveu perguntar a um mendigo qual era o seu sonho.
- Uma porta - ele respondeu.
Parece pouco para quem está sempre com uma maçaneta à mão. Mas não para quem vive nas ruas.
Achei muito interessante e peguei essa história de:...................................... http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/dizventura/
A fotinho é do google mesmo!!!

quinta-feira, novembro 06, 2008

O mundo é dos Pretos, ops, Negros!!!!


Nunca fui militante do movimento negro e nem sou muito fã, afinal de contas, acredito que esses movimentos servem mais para ampliar o preconceito do que elimina-lo.


No entanto hoje gostaria de comentar sobre o assunto da hora. Em um ano de tantas efemérides, 2008 entra para a história da humanida por dois grandes feitos, o primeiro ocorrido no último domingo (02/11) o qual Lewis Hamilton sagrou-se como o mais jovem campeão de fórmula 1 e o primeiro negro a conquistar o prêmio.
O segundo grande momento do ano, foi a vitória de Barack Obama sobre John McCain nesta quarta-feira (05/11), tornando-se o primeiro presidente negro dos EUA, país ainda marcado pelas lembranças do segregacionismo.

De fato o mundo esta mudando e quem sabe o sonho de Martin Luther King não esteja se realizando finalmente, onde as pessoas seriam julgadas pelo conteúdo do caráter, habilidades, dignidade, e não pela cor da pele, jeito de se vestir, ou sua etinia, ou por ser velho ou jovem, ou qualquer outra coisa que gere preconceitos diversos.
Contudo, ainda falto algo extraodinário acontecer, que seria subir ao Trono de São Pedro um papa Negro, dessa forma o circuito ficaria completo. Não...... assim também é querer apelar de mais Luther King jamais pensaria desse jeito, no entanto uma coisa é certa, em 2008, o mundo é Preto, ops NEGRO!!!!
Prometo colocar um post melhor da próxima vez!!!

segunda-feira, novembro 03, 2008

Um Abraço!!!


"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremosé tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la."

Todos nós precisamos de uma abraço, quem disser que não gosta de abraços, esta mentindo. E isso não tem nada a ver com carência, mas sim necessidade.
Se nós nos abraçassemos mais, seriamos mais tolerantes, seriamos mais amorosos, seriamos mais cordiais, menos egocentricos, menos invejosos e tudo, ou pelo menos quase tudo, seria muito melhor.
Mas não pode ser qualquer abraço, o abraço tem que um daqueles completos, que nos envolvem, que faz agente sentir aquele conforto junto ao peito e proteção do carinho no enlace dos braços de alguém. De fato o meu melhor calmante é um bom abraço...

Nos últimos dias tenho recebido muitos abraços, no entanto, sinto a falta de um (apenas um abraço), não quero dizer que os outros sejam insignificantes, ou sem valor, são preciosos sim, pois estão me apoiando e me ajudando em um momento um tanto tumultuado da minha vida, mas como expressado na frase acima, "Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremosé tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la."

Contudo, O alguém que sentimos falta, nem sempre esta em nossos sonhos, pois ela é real, e a única coisa que desejamos é o seu simples abraço!!!

Do que na verdade precisamos? Do abraço de alguém, ou do alguém do abraço???

sábado, novembro 01, 2008

No deserto pareço estar

Há alguns dias atrás eu estava em minha casa meditando sobre uma passagem bíblica a qual não me recordo agora. No entanto, a mesma dizia o seguinte: "Eis que sobre vós virá tempos difíceis" Fiquei ruminando essa mensagem durante algum tempo, mas não entendia muito o porque, ou o para que, ela havia estacionado em minha mente.
Realmente, tem vindo sobre mim tempos difíceis, alias não apenas pra mim, mas para toda minha família, contudo, nesse momento, recordo-me de uma outra passagem biblica que nos afirma que Deus não nos dá nenhuma prova que agente não consiga suportar.
De fato Ele não nos dá e é por isso que não quero questionar a Deus o porque desses tempos difíceis, ou então o para que deles, mas esforso-me para compreender e aprender algumas lições.

1. É em meio a tantas lutas e dificuldades, trazemos à memória o que nos pode dar esperança.

2. Lembremo-nos da fidelidade de Deus em cumprir todas as promessas da sua aliança e em nos dar oportunidades para a renovação da aliança em momentos críticos e decisivos da nossa vida.

3. Lembremo-nos da força e do poder de Deus que nos vêm através das celebrações para enfrentarmos as lutas da vida, na certeza de que as forças espirituais da maldade já foram destronadas por Cristo e que a vitória é certa pela nossa fé no Senhor.