... menos uma! Continuaria assim a frase de James Matthew Barrie, criador do Peter Pan. No entanto, o autor estava equivocado, pois o seu garoto que nunca crescia decidiu crescer um dia, quando decidiu voltar e visitar sua amada e doce Wendy.
Para surpresa do sempre menino, foi encontrar uma Wendy velha, idosa, sem a juventude de outrora, casada, com filho e uma neta.
Ah sim, neta esta que Peter viria a se apaixonar e então decidiu viver sua última e maior aventura: __ CRESCER!
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Crescer que para ele naquele momento significaria o mesmo que VIVER, esta sim seria uma grande aventura!
É verdade que essa parte da história Barrie não conhecera, pois foi autorizada pelos seus filhos, contrariando assim o desejo do pai, de manter-se sempre menino. Ah sim, a quem diga que o Peter Pan era o Próprio James Barrie.
Enquanto escrevia o Livro, Barrie pode conferir o crescimento de uma criança em questões de segundos. Isso deveu-se a doença de sua amiga Sylvia Davies, cujo o filho mais velho teve que arcar com as responsabilidades.
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__ Vamos brincar de piratas, garotos perdidos, índios? (Barrie)
__ Não tenho tempo para brincadeiras, não sabe que mamãe esta doente e tenho que fazer as coisas em casa? (George)
__ É incrível como em questões de segundos você passou da infância a fase adulta! (disse Barrie)
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Assim somos nós, as circunstâncias nos fazem crescer. De fato existem crianças que já são crescidas, e crescidos que ainda são crianças, mas em algum momento elas crescem.
Peter Pan ... O que faz dele especial? Simples, é o fato de ter consciência do que implica crescer e, por isso mesmo, se recusar, em absoluto, a fazê-lo. Como? Também é fácil: esquecendo. Peter Pan limpa da memória tudo o que não lhe interessa, incluindo essa mesma consciência. Ou seja, apaga da lembrança tudo o que não gosta, tornando todas as coisas efémeras e impedindo-as de lhe causar sofrimento ou de lhe fazer falta. Pan é uma espécie de último sobrevivente, aquele que resiste até ao limite, e que usa todos os meios para se manter tal como é.
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Talvez fosse bom sermos eternos meninos, meninas, pequeninos, crianças. Mas não é assim, crescemos.... e o que nos resta em determinados momentos, segundo Pessoa, é o "substrato de névoa" das recordações da infância. Recordações que Peter Pan fazia questão de esquecer sempre!
Doces recordações, mas nem sempre doces, contudo são recordações, que nem sempre surgem quando pequenos, mas já adultos. E o que aprendemos nisso tudo.....? ...
A maior de todas as aventuras..... VIVER!
Ou ainda, a maior de todas as verdades...CRESCER!!!!
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É... em parte Barrie estava certo ... Todas as crianças crescem, Todas!!!!
sexta-feira, dezembro 12, 2008
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