terça-feira, novembro 18, 2008

Responsável pelo que cativas

Desde pequeno gostei do personagem O Pequeno Principe, aprecio essa obra da literatura mundial por nos trazer reflexões singulares para a nossa vida. Não de se surpreender que o meu blog carrega uma das reflexões do livro, que em na minha opinião é a trama central da obra!
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"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
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Aliás, essa reflexão expressada no diálogo do principizinho com a rapoza deveria ser conhecida por todas as pessoas, porém"os homens esqueceram essa verdade"!
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Em vista disto, fico muitas vezes cogitando a respeito da responsabilidade que possuimos ao cativar uma pessoa.
Cativar... palavra essa que segundo o Aurélio significa "ganhar a simpatia, tornar-se cativo, ligar, render-se, apaixonar-se, enamorar-se, etc" e ainda segundo a querida rapoza, significa "criar laços", ou ainda criar vínculos.
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Será que reconhecemos a necessidade de criar laços uns com com os outros? E se reconhecemos, somos realmente responsáveis por elas? E se somos responsáveis, como saber?
Pessoas passam pelas nossas vidas diariamente, numerosos são os relacionamentos que estabelecemos no decorrer dos dias, uma conversa no ônibus, na fila do banco, no supermercado, no trabalho, na faculdade, no entanto, destes muitos, são poucos aqueles que cativamos. ....
Vale lembrar que estabelecido os nossos laços, é preciso, ou melhor, é necessário não esquecer a responsabilidade que temos pelo cativo tratando-o indiferentemente.
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Afinal de contas, ao cativar alguém, não podemos mais trata-la como se fosse uma qualquer, "igual a cem mil outras" pessoas por aí, pois ela se torna única para nós.

Ligar-se, deixar-se cativar por alguém significa "dizer eu tenho necessidade de ti"

Ah mais ainda falta uma coisa. O que faz uma pessoa ser importante para nós? O TEMPO, sim o tempo faz tudo!

O Pequeno Principe precisou dedicar tempo para conquistar a amizade da rapoza, assim como dedicou todo o seu tempo para cuidar de sua Rosa, até se deixar prender por ela. Rosa essa a qual regou, protegeu, escutou muitas vezes, calou-se outras tantas, doou-se... Esse tempo o fez adquirir responsabilidade por aquilo que estava cativando, cuidando, mas também sem ele mesmo perceber estava sendo cativado.

Seu diálogo com a rapoza, o fez perceber o quanto ele tinha necessidade da sua Rosa, e o quanto ela tinha necessidade dele. Era uma relação mútua, mesmo ela, a Rosa, tendo-o ignorado, ela era única, assim como a rapoza tornou-se única, pois eles criaram laços, vínculos, cativaram-se!

Criei laços importantes, aprendi a cativar as pessoas e me tornar responsável por elas, mas como isso é uma via de mão dupla, e assim como O Pequeno Principe, " começo a compreender,... Existe uma flor... Eu creio que ela me cativou..." E isso a faz responsável por mim também,...

A Rosa do principe quis cortar os laços....., e após ter cuidado dela pela "última" vez, foi-se para outros mundos fazer novas amizades, todavia, apenas a rapoza mostrou a verdadeira importância da Flor para o Pequeno Principe e do Principe para a Flor. Quanto a ela.....

"Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante."

1 Comenta aí po!:

Fabiano Barreto disse...

Bicho, do caralho!

Tu tá sinistro, hein!

Quando puder, apareça. Estamos com saudade.

Um grande abraço!