sexta-feira, junho 05, 2009

Aos amantes

O Universo cabe na curva dos teus seios, quando os meus dedos neles desenham sonhos, que sorves com a urgência das tempestades brancas. As velas, que nos banham de odores a jasmim e canela, não ardem até ao fim... porque nós negámos essa palavra. Sorrimo-nos. E sabemos que os ventos levarão para longe as ondas frias das sombras do passado. Deixa-me fazer do teu corpo o livro por escrever... deixas?

Já os teus dedos desenham no meu corpo as curvas das carícias que te levam além de ti, e eu murmuro o teu nome à tua pele, com traços da minha língua de água e fogo que te procura e te sabe encontrar...

... e o meu cabelo, feito tranças soltas derramado sobre ti, inebria-te e convida-te ao gemido, enquanto me espraio em cada milímetro do teu corpo. Sem pressa. Com a certeza de te querer.

Juntos, ultrapassamos as margens... e sorrimos. A lua, meu amor, somos nós que a enchemos...

0 Comenta aí po!: