É perturbador encontrar um amigo íntimo que nos desleixou a amizade. Porque a velha química de novo se põe em marcha e a conversa flui. Como se não passasse do capítulo seguinte num livro feito de muitas noites, bastantes copos, alguns amores e duas pessoas a céu aberto. Mas não é verdade. O coração abre-se; como ele o caixote das recordações e a caixa dos afetos. Mas a caixinha da confiança cega, no interior de todo o resto, permanece intransigente. A chave apodreceu, de tanto esperar...
É muito bom o reencontro! Mas se voltarmos a viajar juntos cada um dormirá no seu quarto. E encontrar-nos-emos de manhã, na sala do pequeno-almoço, como os excursionistas japoneses, delicados e munidos das suas máquinas fotográficas. Porque a amizade, quando mostra as garras, furiosa por ter sido desperdiçada, pode revelar-se bem mais severa do que o amor.
(Júlio Machado Vaz - médico português)
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Discordo com essa teoria.
É muito bom o reencontro! Mas se voltarmos a viajar juntos cada um dormirá no seu quarto. E encontrar-nos-emos de manhã, na sala do pequeno-almoço, como os excursionistas japoneses, delicados e munidos das suas máquinas fotográficas. Porque a amizade, quando mostra as garras, furiosa por ter sido desperdiçada, pode revelar-se bem mais severa do que o amor.
(Júlio Machado Vaz - médico português)
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Discordo com essa teoria.
Por vezes, Júlio, por vezes... a caixinha da confiança cega implora que a abramos... e, nas nossas mãos vazias, refaz-se a chave...
Por vezes, Júlio, por vezes... a saudade agarra-se à pele como uma medusa. Quando pensamos que já não está lá, o ardor escarlate leva-nos à sua presença. E nós, súbditos da memória, insistimos em não aceitar o que já está escolhido. Ninguém esquece só porque lhe apetece, ou porque deveria ser assim.
Há chaves que nunca apodrecem, nunca se perdem.
São essas que nos seguram à vida. Com um sorriso, como quando se chega a um cruzamento de delícias... onde todos os caminhos vão dar ao abraço do reencontro incondicional.
Por vezes, Júlio, por vezes... a saudade agarra-se à pele como uma medusa. Quando pensamos que já não está lá, o ardor escarlate leva-nos à sua presença. E nós, súbditos da memória, insistimos em não aceitar o que já está escolhido. Ninguém esquece só porque lhe apetece, ou porque deveria ser assim.
Há chaves que nunca apodrecem, nunca se perdem.
São essas que nos seguram à vida. Com um sorriso, como quando se chega a um cruzamento de delícias... onde todos os caminhos vão dar ao abraço do reencontro incondicional.
A Amizade, Júlio, a amizade tem asas especiais, capazes de voar para trás.
2 Comenta aí po!:
Acredito que tais chaves são escondidas por nossa própria vontade...
fica mais fácil assim. Deixar as coisas como estão, não a forma mais certa mas definitivamente a mais fácil!!
Mas certas pessoas sempre terão o poder de dispertar as coisas mais adormecidas e profundas em nós!! ainda bem eu acho.. pois o que seríamos sem tais pessoas que nos ferem mas sempre regressam para nos consolar??
Te amo muiiiito!!(L)
bj
oi
Gostei do seu blog e gostaria que conhecesse o meu gordinhasbonitas.blogspot.com
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