"Dividi a minha vida em partes
Construí muros altos
Paredes grossas
Selei hermeticamente portas
Para me dividir
Separar em partes
Ser só
Construí muros altos
Paredes grossas
Selei hermeticamente portas
Para me dividir
Separar em partes
Ser só
Lembrar só
Aquilo que queria ser.
Mas a força que habita
Esses quartos
Hermeticamente fechados
Minou paredes
Construiu túneis
Invadiu os outros quartos
Que selei, para proteger.
E murmura-me ao ouvido
Ri do meu esforço inútil
E relembra-me a cada instante
Que a memória não se fecha
Não há forma de a apagar
Não há onde me esconder."
...
Escrevi assim. Como quem, de repente, desvenda todas as mulheres que colocaram em gavetinhas (ainda que forradas a papel de seda e aromatizadas por flores secas, mas nunca mortas) as memórias da verdade do que são.
...
Esforço inútil, tens razão.
...
Nós somos a nossa memória
Aquilo que queria ser.
Mas a força que habita
Esses quartos
Hermeticamente fechados
Minou paredes
Construiu túneis
Invadiu os outros quartos
Que selei, para proteger.
E murmura-me ao ouvido
Ri do meu esforço inútil
E relembra-me a cada instante
Que a memória não se fecha
Não há forma de a apagar
Não há onde me esconder."
...
Escrevi assim. Como quem, de repente, desvenda todas as mulheres que colocaram em gavetinhas (ainda que forradas a papel de seda e aromatizadas por flores secas, mas nunca mortas) as memórias da verdade do que são.
...
Esforço inútil, tens razão.
...
Nós somos a nossa memória
1 Comenta aí po!:
Que lindo.....
Realmente, como podemos fugir de nós mesmos???
essa é uma verdade que muitas vezes custamos a descobrir!!!
bjo mil saudades!!
ps:adoro as coisas que você escreve!! =D
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