Ele abraçou as palavras e a seguir despiu-as, letra a letra, devagar, como barcos vermelhos que lhe saíam dos dedos. Em silêncio. Como um ser alado da noite. Criatura onírica, transparente, indizível e único. Trazia no espelho do olhar todas as homens que ousara ser. Olhou-a de frente, como se olhasse para a estrela da manhã, e murmurou-lhe:
'- E pela última vez te contarei como uso as asas em noites de paixão. E pela última vez te segredo que fui anjo de papel colorido e fui menino com tranças em frágeis laços de papel de lua e fui noivo em moldura de flor de laranjeira e fui palhaço de rábulas surrealistas e delirantes e fui principe de povos mágicos e dolorosamente reais e fui pérola tão impossível de tão puro e fui segredo em silêncio de mulheres proibidas e fui homem em chamas vestido de negro e fui jardim onde repousas as ternuras que não confessas e fui jóia que usaste ao peito como medalha e fui capitão para que tu fosses sereia e fui pirata para que usasses o tesouro que era meu. E hoje, meu amor, desejo apenas que digas o meu nome...'
'- E pela última vez te contarei como uso as asas em noites de paixão. E pela última vez te segredo que fui anjo de papel colorido e fui menino com tranças em frágeis laços de papel de lua e fui noivo em moldura de flor de laranjeira e fui palhaço de rábulas surrealistas e delirantes e fui principe de povos mágicos e dolorosamente reais e fui pérola tão impossível de tão puro e fui segredo em silêncio de mulheres proibidas e fui homem em chamas vestido de negro e fui jardim onde repousas as ternuras que não confessas e fui jóia que usaste ao peito como medalha e fui capitão para que tu fosses sereia e fui pirata para que usasses o tesouro que era meu. E hoje, meu amor, desejo apenas que digas o meu nome...'
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