sexta-feira, maio 21, 2010

És o poema...

Em mim, moras tu. Moras na sede da minha pele, e nela te sacias, repousas e renasces. E em cada segundo... a cumplicidade do olhar, onde nos deitamos, num prazer absoluto. Sem vergonhas nem vertigens. Em mim, moras tu. Segredam-me ventos os teus segredos. Agita-se a tua alma nos meus poros. Desassossega-me o teu corpo, que sei as margens transbordantes, as fases crescentes e as marés vivas. Olho a página em branco e não escrevo. Hoje não te escrevo uma carta, amor. És o poema. E estás em mim.



E o resto, o resto não importa.

Sorrio...

quinta-feira, maio 13, 2010

Puxei-te para os meus olhos...

Hoje, com palavras límpidas,
ondulei as linhas de luz
na água da tua vida.

Peguei-te pela mão,
Puxei-te para os meus olhos.

Amanhã, com palavras renovadas,
quero murmurar-te, como quem sorri,
que em ti encontrei o segredo,
a chave de cristal
dos sons que aqui escrevo.

Pegando-te no espanto
de um amor não esperado,
convido-te a ficares em mim.