domingo, outubro 25, 2009
quinta-feira, outubro 15, 2009
Professores, Mestres, Doutores, Pesquisadores
Imaginava, aquela altura que era possivel separar o professor do pesquisador. Depois entendi que não, que o ensino e a pesquisa são indissociaveis.
Não posso Transmitir aquilo que não sei fazer, exceto se quiser ficar condenado a reproduzir - e nem sempre acertadamente - conhecimento de terceiros. O importante para mim era entrar de corpo e alma no ensino e na pesquisa, na elaboração do conhecimento.
Feliz dia dos Professores, até mesmo aqueles que não o são de formação, mas da própria vida.
sexta-feira, outubro 09, 2009
Pensée
Lá fora não. Havia um vento próprio de uma Primavera prometida que, contudo, tinha ainda restos de um Inverno inesperado. E, lá dentro, desde que fumar não era permitido no interior daquele café, o sol entrava e abria as janelas de vidro, grandes e largas.
Sentou-se. Não queria café. Apenas uma água limpida, transparente, natural...
O olhar atravessava os óculos escuros, como que a esconderem o pensamento. Não via o que queria, ou não queria ver? Ver é duro quando a realidade brinca de esconde esconde como criança que vai crescendo e a gente não quer.
-
Abriu o livro,...mas não. Nem ler conseguia. Encostou o queixo na palma da mão direita e, mais uma vez o olhar percorreu o floxo do rio. A corrente sempre na mesma direcção, o fluxo sempre o mesmo apesar das marés... Que fora que mudara? Que raio de coisa mudara?
Não conseguia encontrar a razão....
Respirou fundo e uma serenidade enorme atravessou-lhe a alma. Era como se se abandonasse ao curso do rio...Havia barcos ao sabor da corrente, e o olhar desviava-se, continuava a olhar o curso do rio. Havia gaivotas que mergulhavam tontas e sôfregas de peixe, ... e olhar continuava a percorrer o fluxo do rio... Havia pardais soltos no vento,... e o olhar procurava sempre o curso do rio....
-
Abriu o livro, " A mulher Certa". Baixou o olhar à sorte sobre a página marcada..."O que quis ele dizer?...Se calhar que um homem só vive enquanto tem um papel a desempenhar. Que depois, já não vive, somente existe. Tu não podes compreender porque desempenhas um papel no Mundo...o teu papel é amares-me. Ora, está dito. Não me olhes assim obliquamente, irritado. Se alguém ouvisse o que estamos falando aqui(...) ...uma pessoa má que visse a cena de fora e nos ouvisse, iria acreditar que conversamos como dois cumplices....(...) Ri, isso...Porque só os dois é que sabemos a verdade sobre nós"...pag. 328
Fechou o livro e, recolocou o queixo na palma da mão direita. Teimosamente continuaria a olhar o curso do rio.
Sentou-se. Não queria café. Apenas uma água limpida, transparente, natural...
O olhar atravessava os óculos escuros, como que a esconderem o pensamento. Não via o que queria, ou não queria ver? Ver é duro quando a realidade brinca de esconde esconde como criança que vai crescendo e a gente não quer.
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Abriu o livro,...mas não. Nem ler conseguia. Encostou o queixo na palma da mão direita e, mais uma vez o olhar percorreu o floxo do rio. A corrente sempre na mesma direcção, o fluxo sempre o mesmo apesar das marés... Que fora que mudara? Que raio de coisa mudara?
Não conseguia encontrar a razão....
Respirou fundo e uma serenidade enorme atravessou-lhe a alma. Era como se se abandonasse ao curso do rio...Havia barcos ao sabor da corrente, e o olhar desviava-se, continuava a olhar o curso do rio. Havia gaivotas que mergulhavam tontas e sôfregas de peixe, ... e olhar continuava a percorrer o fluxo do rio... Havia pardais soltos no vento,... e o olhar procurava sempre o curso do rio....
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Abriu o livro, " A mulher Certa". Baixou o olhar à sorte sobre a página marcada..."O que quis ele dizer?...Se calhar que um homem só vive enquanto tem um papel a desempenhar. Que depois, já não vive, somente existe. Tu não podes compreender porque desempenhas um papel no Mundo...o teu papel é amares-me. Ora, está dito. Não me olhes assim obliquamente, irritado. Se alguém ouvisse o que estamos falando aqui(...) ...uma pessoa má que visse a cena de fora e nos ouvisse, iria acreditar que conversamos como dois cumplices....(...) Ri, isso...Porque só os dois é que sabemos a verdade sobre nós"...pag. 328
Fechou o livro e, recolocou o queixo na palma da mão direita. Teimosamente continuaria a olhar o curso do rio.
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